CONSUMO DOMÉSTICO DE ANTIBIÓTICOS ENTRE 2014 E 2020 NA CIDADE DE ARACAJU-SE

Autores

  • Paulo Ricardo Conceição Marques Trindade Universidade Federal de Sergipe - UFS
  • Ana Andréa Teixeira Barbosa Universidade Federal de Sergipe - UFS
  • Silvio Santana Dolabella Universidade Federal de Sergipe - UFS
  • Sona Jain Universidade Tiradentes - UNIT

DOI:

https://doi.org/10.51161/integrar/rems/3922

Palavras-chave:

Antibióticos, Resistência Antibacteriana, Doenças Infecciosas

Resumo

Introdução: Antibióticos são agentes químicos que provocam a morte ou inibem o desenvolvimento de organismos infecciosos, sendo um dos medicamentos mais prescritos e dispensados para uso terapêutico e profilático, porém o uso excessivo e indiscriminado promove aumento das pressões seletivas e acelera as taxas de resistência antimicrobiana. Discutir os padrões de consumo tem sido a tendência nos últimos anos, principalmente nos países em desenvolvimento, como o Brasil, que tem altas taxas de crescimento na dispensação desses fármacos. Objetivo: Esta pesquisa analisou o consumo doméstico de antibióticos pela população da cidade de Aracaju - SE entre 2014 e 2020. Método: Através do Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados foram identificados os antibióticos mais consumidos no período. Os dados foram tabulados e analisados no Microsoft Excel (2019), obtendo-se o consumo anual total e as tendências de aumento ou diminuição da comercialização de cada fármaco. Resultados: Dos 53 antibióticos dispensados, seis se destacaram por representarem 61% do consumo total: amoxicilina (18%), cefalexina (11%), azitromicina (11%), ácido clavulânico (9%) ciprofloxacina (8%) e levofloxacino (4%), sendo que a dispensação de azitromicina aumentou 52% entre 2019 e 2020. As classes mais consumidas foram betalactâmicos (43%), quinolonas (17%), macrolídeos (12%), aminoglicosídeos (8%) e sulfonamidas (5%). Conclusão: As altas taxas no consumo doméstico de antibióticos exigem, além da restrição de venda sem receita médica, ações efetivas para conscientização e controle das prescrições desnecessárias, bem como a universalização do saneamento básico e vacinação para redução da transmissibilidade de doenças infecciosas e, consequentemente, do consumo desses fármacos e desenvolvimento e disseminação da resistência antibacteriana.

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Publicado

2023-09-22

Como Citar

Trindade, P. R. C. M. ., Barbosa, A. A. T. ., Dolabella, S. S. ., & Jain, S. . (2023). CONSUMO DOMÉSTICO DE ANTIBIÓTICOS ENTRE 2014 E 2020 NA CIDADE DE ARACAJU-SE. Revista Multidisciplinar Em Saúde, 4(3), 126–136. https://doi.org/10.51161/integrar/rems/3922

Edição

Seção

Artigos Originais

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