REVISÃO DO POTENCIAL FARMACOLÓGICO ANTIVIRAL DE COMPOSTOS DO COCOS NUCIFERA PARA AFECÇÕES RESPIRATÓRIAS: UMA PERSPECTIVA PARA COVID-19

Resumo

INTRODUÇÃO: Ao óleo de coco muitos efeitos benéficos têm sido atribuídos, a exemplo da redução de colesterol, risco de doenças cardiovasculares, de peso, controle do apetite, melhoras nas funções cognitivas e fortalecimento do sistema imune. Os seus efeitos antivirais têm sido atribuídos ao seu teor de ácido láurico, ácido cáprico e monolaurina que possuem a capacidade de desintegrar envelopes de vírus, alterar a distribuição celular das proteínas virais acarretando desordem e afetando a replicação viral, além de prevenirem o ligamento do patógeno com a célula humana hospedeira.OBJETIVO: Investigar a literatura acerca de atuais evidências do potencial antiviral do Cocos nucifera para doenças respiratórias. MÉTODOS: Trata-se de uma revisão narrativa. Foi elaborada a seguinte expressão de busca: "Cocos nucifera" AND "antiviral" AND "respiratory" para pesquisar nas bases: Cochrane Trials, Scielo, Medline, BVS, ScienceDirect, Scopus e Embase, Scholar. Foram incluídos artigos de 2019 a 2023, em inglês, português e espanhol. RESULTADOS: Após critérios de exclusão, a busca resultou em apenas 3 artigos, salienta-se que todos abordaram a COVID-19. Em estudo in silico, constatou-se que estilbenos diméricos, oriundos de resíduos do coco, podem ser usados como protótipos para planejamento racional de fármacos para a COVID-19. Foi observado, em outro estudo in silico, que dentre os compostos químicos do Cocos nucifera, o estigmasterol foi o que apresentou maior afinidade com sítio de ligação, porém o resultado não foi tão satisfatório. Um estudo randomizado indicou que o óleo de coco virgem pode ser usado como suplemento adjuvante em casos de suspeita de COVID-19. CONCLUSÃO: Logo, os compostos do coco estão sendo visados em termos farmacológicos para afecções respiratórias pelas suas propriedades antivirais, porém, os últimos estudos focam somente na COVID-19.