TENDÊNCIA TEMPORAL DA HANSENÍASE EM MENORES DE 15 ANOS NO ESTADO DO MARANHÃO
DOI:
https://doi.org/10.51161/conais2023/22832Palavras-chave:
Hanseníase, Doenças Negligenciadas, Epidemiologia, IncidênciaResumo
Introdução: O monitoramento de casos novos de hanseníase em menores de 15 anos é um importante indicador da prevalência da doença na população geral, pois evidencia transmissão ativa e exposição prévia ao bacilo revelando sua tendência ao longo do tempo. Objetivos: Descrever a tendência temporal da hanseníase em casos novos menores de 15 anos no estado do Maranhão. Métodos: Estudo ecológico descritivo, realizado com dados secundários de casos de hanseníase na população na faixa-etária de 0 a 14 anos no estado do Maranhão, no período de 2001 a 2021 a partir do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN). Resultados: Em 2001 houve uma taxa de detecção de 5,8/100.000 habitantes e 2021, último ano do estudo, a taxa foi de 1,8/100.000, tendo uma queda de 98,2% dos casos. Em 2005 houve a maior taxa de detecção registrada no Maranhão em menores de 15 anos de idade, de 7,52/100.000 habitantes, considerada muito alta pelos parâmetros do Ministério da Saúde e a menor foi em 2021, onde se registrou uma taxa de 1,8/100.000 habitantes, representando uma redução de 92,5% dos casos, comparando com a maior taxa registrada. Nesse período, observou-se que o índice de detecção de casos teve maior prevalência no sexo masculino e nas zonas urbanas. Em relação à identificação de casos novos, 3,1% apresentaram grau dois de incapacidade física. Esses resultados indicam situação de vulnerabilidade do estado quanto ao controle da doença, podendo inferir a ocorrência em virtude da continuidade na circulação do bacilo pela transmissão ou também pela identificação tardia de casos multibacilares. Conclusão: O elevado número de casos de hanseníase em menores de 15 anos sinaliza para a necessidade de intensificar a busca ativa pelos casos novos e/ou implementar medidas de prevenção e controle da doença em especifico para essa faixa etária. Como também a diminuição de casos identificados a partir de 2019 pode indicar falta de busca ativa e campanhas de promoção de saúde relacionada a doença. A pandemia da Covid-19 pode ter dificultado na busca ativa e procura dos serviços de saúde, assim como a deficiência na avaliação Dermatoneurológica de contatos. Desse modo, é importante que seja feito uma busca ativa nas comunidades para que haja um diagnóstico precoce da hanseníase, interrompendo a cadeia de transmissão desse agravo e reduzindo a taxa de detecção nessa faixa etária
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