AS DISFUNÇÕES IMUNOLÓGICAS NA COVID LONGA
MECANISMOS, BIOMARCADORES E POTENCIAIS ESTRATÉGIAS TERAPÊUTICAS
DOI:
https://doi.org/10.51161/integrar/rems/4653Palavras-chave:
Autoanticorpos, Citocinas, Imunomodulação, Síndrome Pós-COVID-19, Resposta ImuneResumo
Introdução: A COVID longa é caracterizada por sintomas persistentes após a fase aguda da infecção por SARS-CoV-2, envolvendo múltiplos sistemas e alterações imunológicas complexas. Metodologia: Revisão integrativa realizada nas bases de dados PubMed, SciELO e BVS (jan/2020–jun/2025), incluindo estudos originais com humanos, que abordassem alterações imunológicas persistentes, biomarcadores e estratégias terapêuticas. Aplicou-se a estratégia PICOs e critérios de exclusão definidos. Resultados: Foram incluídos 43 estudos. Evidenciou-se um modelo patobiológico multifatorial, com persistência antigênica, inflamação crônica, exaustão de células T, desregulação humoral, autoimunidade e disfunção mieloide. Biomarcadores recorrentes incluíram IL-6, TNF-α, IFN-γ, PD-1 e galectina-9, além de alterações em subpopulações linfocitárias. Perfis inflamatórios variaram segundo gravidade inicial, sexo, comorbidades e variantes virais. A persistência viral, ativação sustentada da imunidade inata/adaptativa e presença de autoanticorpos foram frequentes. Poucos estudos avaliaram terapias; inibidores de JAK mostraram benefício clínico em coortes limitadas. Conclusões: A COVID longa apresenta heterogeneidade imunológica e clínica, demandando abordagens diagnósticas individualizadas e ensaios clínicos robustos. A identificação de biomarcadores poderá subsidiar estratificação de risco e terapias direcionadas.
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