EFEITO DA CURCUMINA NA RESPOSTA INFLAMATÓRIA EM CULTURAS DE MACRÓFAGOS PERITONEAIS
DOI:
https://doi.org/10.51161/integrar/rems/3857Palavras-chave:
Sepse, Citocinas, CurcuminaResumo
Introdução: A sepse representa a resposta inflamatória de um organismo a uma infecção e, evidências mostram que, esta ocorre a partir de um desequilíbrio dos mecanismos pró e anti-inflamatórios. Em resposta a presença do agente invasor, o sistema imunológico desencadeia a produção de uma grande quantidade de mediadores inflamatórios, tais como o óxido nítrico (NO) e a interleucina 6 (IL-6). Apesar de ajudar na eliminação do agente invasor, a produção exagerada dessas substâncias acaba lesionando os tecidos do próprio organismo, resultando nos sinais e sintomas da sepse. A curcumina é uma substância presente em uma planta tropical, denominada Curcuma Longa L, e tem mostrado efeitos promissores, atenuando os danos teciduais decorrentes de inflamação. Objetivo: Avaliar o possível efeito da curcumina DS17 sobre a produção de IL-6, NO e a expressão da proteína iNOS em cultura de macrófagos peritoneais estimulados com LPS. Material e métodos: A cultura de macrófagos foi realizada a partir do lavado peritoneal de ratos Wistar. Foram utilizadas diferentes concentrações de curcumina: 10-8 M, 10-7 M, 10-6 M e 10-5 M. A cultura foi estimulada simultaneamente com diferentes concentrações de curcumina e com LPS (1 µg/mL). Após de 24 horas de incubação, o meio de cultura foi coletado para dosagem de nitrito. A viabilidade dos macrófagos foi verificada pelo teste de MTT [3-(4,5-dimetilazol-2il)-2,5-difeniltetrazólio]. Para determinação de nitrito no meio de cultura, foi utilizada a técnica de quimioluminescência NO/ozônio. Para a dosagem de IL-6, foi realizado o teste ELISA (enzyme-linked immnosorbet assay). Para avaliação da diferença entre os grupos, foi utilizada o one-way ANOVA e pós-teste de Tukey. Resultados: A curcumina inibiu a produção de nitrito pelos macrófagos estimulados com LPS em todas as concentrações testadas, mas não teve efeito sobre as células não estimuladas com LPS. Além disso, o teste de viabilidade MTT mostrou que a curcumina não foi tóxica para a célula, nas diferentes concentrações utilizadas e o tratamento da cultura com curcumina inibiu a produção de IL-6. Conclusão: A curcumina pode modular a resposta inflamatória de macrófagos estimulados por LPS em um modelo in vitro. Estudos futuros devem explorar esse potencial efeito anti-inflamatório em modelos in vivo de sepse, assim como investigar as possíveis vias celulares as quais a curcumina exerce seus efeitos.
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