USO DA ESTIMULAÇÃO MAGNÉTICA TRANSCRANIANA NA REDUÇÃO DE SINTOMAS NEGATIVOS DA ESQUIZOFRENIA
UMA REVISÃO SISTEMÁTICA
DOI:
https://doi.org/10.51161/conais2023/22979Palavras-chave:
Estimulação Magnética Transcraniana, Esquizofrenia, Sintomas NegativosResumo
INTRODUÇÃO: Cerca de 30% dos pacientes com esquizofrenia apresentam resistência ao tratamento antipsicótico de primeira e segunda geração, urgindo a necessidade de estratégias de adaptação que contemplem melhorias na sua sintomatologia. Assim, a neuromodulação tem se mostrado eficaz, em específico, a estimulação magnética transcraniana repetitiva (rTMS), caracterizada como uma técnica de neuroestimulação que provoca uma modulação da rede neural por meio da aplicação repetitiva de pulsos magnéticos no couro cabeludo do paciente. OBJETIVO: Analisar a eficácia da estimulação magnética transcraniana na redução de sintomas negativos na esquizofrenia. MÉTODOS: A busca de artigos científicos foi realizada em três bases de dados: PubMed, ScienceDirect e MEDLINE, utilizando os descritores "Schizophrenia", "Transcranial Magnetic Stimulation" e "Symptoms" com o operador booleano "AND" do DeCS/MeSH. No total, foram encontradas 3.335 publicações nas bases de dados. RESULTADOS: 13 estudos foram selecionados a partir dos critérios de exclusão, sendo predominantemente ensaios clínicos randomizados de origem europeia ou asiática. Para avaliar os sintomas, foram utilizadas as escalas Positive and Negative Syndrome Scale (PANSS) e Scale for Assessing Negative Symptoms in Schizophrenia (SANS). DISCUSSÃO: Os estudos evidenciaram que a utilização da rTMS é um procedimento de eficácia rápida e efetiva para a redução dos sintomas negativos na esquizofrenia, atingindo efeitos mais significativos no embotamento afetivo, anedonia, discurso desorganizado e déficits atencionais. Em relação aos efeitos no sistema nervoso, foi visto que a redução desses sintomas se associou ao aumento da conectividade funcional do cerebelo na linha média com o córtex pré-frontal. No entanto, alguns estudos demonstraram ausência de efeitos significativos da rTMS nos sintomas da esquizofrenia. CONCLUSÃO: Conclui-se que a rTMS configura-se como uma alternativa viável de tratamento para pacientes com esquizofrenia refratária. No entanto, apesar do potencial tecnológico da neuroestimulação, reforça-se a necessidade de mais estudos voltados para este procedimento
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