DIETA, ESTILO DE VIDA E SAÚDE CARDIOVASCULAR: IMPACTOS NA POPULAÇÃO MINORIZADA DE GÊNERO E SEXUALIDADE DO BRASIL

Resumo

O processo de minorização de gênero e sexualidade apresenta ter possíveis impactos
significativos na saúde cardiovascular da população Lésbicas, Gays, Bissexuais,
Transexuais/Transgêneros/Travestis, Queer, Intersexuais, Assexuais, Pansexuais (LGBTQIAP+),
tornando assim essa população como um possível marcador de maior exposição a risco
cardiovascular. Este estudo teve como objetivo mapear a literatura sobre o tema no Brasil e
identificar lacunas de conhecimento. Foram realizadas duas buscas exploratórias, resultando em 13
artigos incluídos na pesquisa. Os resultados revelaram que a presença de estudos onde o consumo
de álcool, tabaco e outras drogas era frequente entre a população MGS, assim como o uso de
hormônios em comunidades específicas. A qualidade alimentar e a atividade física foram pouco
abordadas. Identificaram-se revistas científicas relevantes na área da saúde, e os estudos refletem a
evolução do conhecimento na última década. No entanto, foram encontradas limitações
significativas nos estudos, sendo as mais presentes o baixo tamanho amostral, a utilização de
amostragem por bola de neve (RDS) ou conveniência e utilização de inquéritos online . Outras
limitações observadas foram a homofilia e a não estratificação de sexualidade e gênero e outras
variáveis que impactam na carga minoritária em alguns estudos, como a raça, região, e condição
financeira. Apesar das limitações, é importante ressaltar que muitos dos estudos foram pioneiros e
tiveram como objetivo melhorar compreensão e elucidação da saúde da população SGM. Sendo
necessário destacar a necessidade de estudos mais abrangentes e detalhados sobre a relação entre o
estresse minoritário, a mudança no estilo de vida e os impactos que pode gerar tanto na saúde global
como cardiovascular dos indivíduos.