RELAÇÃO ENTRE TRANSTORNO DEPRESSIVO MAIOR E A MICROBIOTA INTESTINAL
DOI:
https://doi.org/10.51161/conais2023/20960Palavras-chave:
Microbiota intestinal, Eixo cérebro-intestino, DepressãoResumo
INTRODUÇÃO: O transtorno depressivo maior (TDM) é o transtorno psiquiátrico mais prevalente e suas causas e substratos neurobiológicos ainda não são bem compreendidos. Evidências recentes apontam para uma relação entre a microbiota intestinal e alterações cerebrais. O estudo do eixo microbiota-intestino-cérebro parece ser um aspecto promissor para melhor compreender a neurobiologia desse transtorno, bem como poderá funcionar como possível alvo terapêutico. OBJETIVO: Avaliar a relação da microbiota intestinal com o TDM e seu potencial terapêutico. MÉTODOS: Revisão da literatura disponível na base de dados Pubmed com os descritores “gut microbiota”, “brain-gut axis” e “depression”, cruzados com operadores booleanos. Foram incluídos estudos disponíveis na íntegra em inglês e publicados nos últimos 10 anos. Ao todo, foram encontrados 2124 artigos e oito foram utilizados para extração de dados. RESULTADOS: Estudos com o uso de probióticos e transplantes de microbiota intestinal em roedores e humanos comprovaram uma relação entre a microbiota intestinal e o TDM. Pesquisas sobre a correlação entre a disbiose da microbiota intestinal, pelo uso de antibióticos, e a sintomatologia depressiva, além de estudos que correlacionam maus hábitos alimentares e maiores índices de sintomas depressivos, trouxeram fortes indícios da ligação da microbiota intestinal e TDM. CONCLUSÃO: A disbiose da microbiota intestinal demonstra uma relação com surgimento e prognóstico dos transtornos depressivos (TDs). Hábitos alimentares, suplementação de probiótico, prebiótico e uso de antibiótico ganham maior importância nos TDs devido a sua capacidade de influenciar o eixo microbiota-intestino-cérebro, podendo atuar como adjuvantes no tratamento. Transplante de microbiota de indivíduos saudáveis para adoecidos também mostraram um impacto positivo nos escores de Hamilton. Recomenda-se mais estudos sobre o tema com maiores recortes temporais para melhor estabelecer essa relação e a segurança e efetividade de seus aspectos terapêuticos.
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