PAPÉIS DE GÊNEROS E A VIVÊNCIA DA PATERNIDADE: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA DE UMA INTERVENÇÃO EDUCATIVA EM SAÚDE
DOI:
https://doi.org/10.51161/conais2023/21954Palavras-chave:
Educação em Saúde, Papéis de Gênero, PaternidadeResumo
INTRODUÇÃO: A chegada de um bebê causa intensas mudanças em todo sistema familiar, sendo essas mais prevalentes na mãe, a quem são atribuídos quase exclusivamente os cuidados parentais, relegando ao pai a função de provedor. Faz-se necessário repensar os modelos de assistência, incluindo cada vez mais o pai nos processos. As intervenções psicológicas podem contribuir para a inclusão da temática nos serviços de saúde. OBJETIVO: Objetiva-se relatar a experiência de uma intervenção de estágio realizada com mães, pais e familiares acompanhantes de neonatos internados em uma Unidade de Cuidados Intermediários Canguru (UCINCa). MÉTODOS: Trata-se de uma intervenção educativa em saúde, na qual se discutiu mitos e verdades sobre os papéis de gênero, assim como a construção e vivência da paternidade. A ação abarcou oito pessoas ao total, sendo cinco mães e três acompanhantes (um pai, uma tia e uma avó). RESULTADOS: A intervenção possibilitou a aproximação entre os participantes e a equipe, viabilizando maior abertura e engajamento na atividade. A partir das falas, foi possível compreender suas percepções e compreensões a respeito do papel paterno e materno. Para tanto, lançar mão da psicoeducação se mostrou eficiente para a reflexão dos genitores sobre os seus papéis, favorecendo o apoio mútuo e a construção de vínculos saudáveis entre mãe-pai-bebê. DISCUSSÃO: Os papéis de gênero são construídos histórica e culturalmente, e reforçados pela socialização. Os participantes da intervenção demonstraram, em suas falas, o reconhecimento de tais aspectos. Outrossim, a vivência grupal influi na identificação entre os pares, colaborando com a construção de uma identidade grupal e apoio mútuo entre os membros. CONCLUSÃO: Embora haja uma crescente participação masculina nos cuidados parentais, ainda é prevalente a centralidade do feminino nos cuidados em saúde. As ações grupais são potentes na minimização dos danos psicoemocionais decorrentes da hospitalização.
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