ANÁLISE DO PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTES INTERNADOS COM DIARREIA E GASTROENTERITE NO RIO GRANDE DO NORTE ENTRE 2013-2022
DOI:
https://doi.org/10.51161/conais2023/22929Palavras-chave:
Diarreia, Gastroenterite, EpidemiologiaResumo
INTRODUÇÃO: A diarreia e gastroenterite de origem infecciosa presumível (CID A09) faz parte do grupo de Doenças Diarreicas Agudas (DDA), as quais são caracterizadas pela ocorrência de no mínimo três episódios de evacuações aquosas em 24 horas. Elas afetam grande parte da população global, sendo a principal causa de morbimortalidade de origem infecciosa. No Brasil, a gastroenterite, apesar da redução nas taxas de incidência nos últimos 30 anos, continua a figurar em demandas ambulatoriais e internações hospitalares, em que regiões mais vulneráveis em âmbito educacional e financeiro tendem a ser mais suscetíveis à propagação dessa doença. OBJETIVO: Analisar o perfil epidemiológico dos pacientes internados com diarreia e gastroenterite de origem infecciosa presumível no estado do Rio Grande do Norte, entre os anos de 2013 a 2022. MÉTODOS: Estudo ecológico conduzido a partir de dados coletados no Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS) em julho de 2023, por intermédio do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). As variáveis utilizadas foram: faixa etária, sexo, cor/raça, valor dos serviços hospitalares e região metropolitana. RESULTADOS: Foram confirmados 21.264 casos no período analisado, com maior prevalência em 2013 (24,90%), menor em 2021 (2,98%) e gastos totais de R$6.420.414,01, sendo possível compreender o perfil dos internados como maior número de mulheres (54,58%), da etnia parda (45,72%), entre 1 a 4 anos (19,77%) e residentes fora da região metropolitana (94,01%). CONCLUSÃO: Houve uma queda relevante no número de hospitalizações (20,8%) entre 2013-2021. Apesar disso, os números ainda são significativos e demonstraram tendência de aumento no último ano (entre 2021-2022), logo, é necessário a continuidade do acompanhamento epidemiológico, e a intensificação de ações preventivas, por meio de políticas públicas específicas aos grupos mais acometidos, estendendo-as, posteriormente, a toda população.
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