PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DO TRAUMA CRANIOENCEFÁLICO NA REGIÃO SUL DO BRASIL
UMA ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE ESTADOS (2018-2023)
DOI:
https://doi.org/10.51161/integrar/rems/4303Palavras-chave:
Epidemiologia, Traumatismos craniocerebrais, TraumatologiaResumo
Introdução: O trauma cranioencefálico (TCE) é definido como qualquer agressão externa que acarrete lesão anatômica ou funcional do crânio, das meninges ou do encéfalo, classificado em leve, moderado ou grave de acordo com a Escala de Coma de Glasgow. Apesar de o TCE demonstrar incidência e taxas de mortalidade elevadas no Brasil, estudos de caráter epidemiológico, sobretudo que abordem especificidades regionais acerca do tema, ainda se mostram escassos. Metodologia: A presente investigação tem como objetivo traçar o perfil epidemiológico do TCE na Região Sul do Brasil nos últimos cinco anos por meio de uma comparação entre seus estados. Trata-se de um estudo transversal e descritivo que utiliza dados do Sistema de Informações Hospitalares do SUS, abrangendo os estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná de outubro de 2018 a outubro de 2023. Variáveis incluíram sexo e faixa etária. Além disso, a taxa de mortalidade, média de permanência hospitalar e valores gastos no período decorrentes da patologia também foram alvos da pesquisa. Resultados: O estado do Paraná evidenciou o maior impacto na Região Sul em termos absolutos, registrando 49.288 internações hospitalares e 3.075 óbitos por TCE. Analisando a distribuição por gênero, os indivíduos do sexo masculino apresentaram os maiores percentuais de hospitalizações e óbitos, com 35.474 (72%) e 2.395 (78%), respectivamente. No que se refere à faixa etária, observou-se que sujeitos com idade entre 20 e 29 anos foram os mais frequentemente internados, totalizando 7.305 admissões (15%). Entretanto, em relação aos óbitos, a faixa etária de 80 anos ou mais foi a mais afetada, registrando 514 (17%) notificações. Conclusão: O perfil epidemiológico frequentemente acometido por TCE é composto por indivíduos do sexo masculino entre 20 e 29 anos, seguidos pela faixa etária de 50 a 59 anos. Ainda, o estado do Paraná evidenciou o maior número absoluto de internações e a menor taxa de mortalidade da Região Sul; já o estado do Rio Grande do Sul apresentou as maiores taxas de hospitalização por habitante e mortalidade por TCE da região. Por fim, faz-se necessária uma atenção direcionada a esses grupos.
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