INTERAÇÃO BIOQUÍMICA ENTRE JUNO E IZUMO1

UMA REVISÃO INTEGRATIVA DA PRIMEIRA DÉCADA DESDE A SUA DESCOBERTA

Resumo

Introdução: Após a descoberta em 2014 da proteína Juno em ovócitos, como molécula receptora para a Izumo1 presente em espermatozoides, muito se especulou a respeito dos seus papéis no processo de fecundação. Quase dez anos após a descoberta da Juno, os mecanismos moleculares envolvidos na fertilização ainda não foram descobertos, sendo publicados apenas 15 artigos sobre sua interação bioquímica. Objetivo: Apresentar uma revisão integrativa sobre a interação bioquímica entre as proteínas Juno e Izumo1, com a proposta de discutir as principais descobertas desde 2014 e verificar o que pode ser esperado em relação à aplicação dos conhecimentos obtidos. Material e métodos: Foi realizada uma busca de artigos científicos em cinco bases de dados: Biblioteca Virtual em Saúde, MEDLINE, LILACS, Portal de Periódicos da CAPES e SciELO, usando os descritores Juno e Izumo1. Resultados:  A partir dos 103 artigos identificados em um levantamento realizado em junho de 2023, foram selecionados 15 artigos para compor a revisão integrativa sobre o assunto, de acordo com os critérios de inclusão e exclusão determinados.  Conclusões: A revisão integrativa realizada mostrou que embora Juno e Izumo1 sejam reconhecidas com proteínas essenciais na ligação bioquímica que ocorre entre ovócito II e espermatozoide durante a fecundação, deve haver outras proteínas fusogênicas ainda não descobertas participando deste processo. Futuras pesquisas poderão estabelecer a importância do complexo Juno-Izumo1 em casos de infertilidade e a possibilidade de usar bloqueadores destas proteínas como métodos contraceptivos não hormonais.