SUICÍDIO
QUESTÃO DE SAÚDE PÚBLICA E SEUS DETERMINANTES
DOI:
https://doi.org/10.55811/integrar/livros/4361Palavras-chave:
Suicídio;, Saúde Pública;, Adoecimento mental;, Determinantes sociais;Resumo
O estudo tem como objeto o suicídio, que segundo Durkheim é um ato consciente e que pode ser cometido em decorrência do desespero ou de um ato pensado durante a vida. Por ser um fenômeno multicausal, buscamos abordá-lo a partir da visão do Serviço Social, de forma a fortalece a temática na profissão. Inicialmente realizamos uma revisão bibliográfica através da qual identificamos o momento histórico em que o suicídio passou a ser considerado questão de saúde pública, assim como, ficou evidente os aspectos sociais que potencializam o suicídio. Através da pesquisa documental, identificamos as primeiras ações de atenção ao suicídio no Brasil, iniciadas em 2005 com a criação do Grupo de Trabalho, através da Portaria nº 2.542/2005, cujo objetivo foi elaborar e implantar a Estratégia Nacional de Prevenção ao suicídio, culminando em 2019, com a Política Nacional de Prevenção da Automutilação e do Suicídio, Lei nº 13.819 de 26 de abril, que trouxe como um dos objetivos controlar os fatores determinantes e condicionantes da saúde mental. Dito isto, foi identificado por meio da revisão da literatura, determinantes sociais que têm potencializado o suicídio ao longo dos anos. Dentre eles, a precarização das relações de trabalho, que tem gerado pobreza e miséria, o que resulta em adoecimento mental da classe trabalhadora e seus familiares, fazendo com que muitos optem pelo suicídio a verem seus familiares padecendo necessidades materiais, em meio a uma cultura consumidora, na qual vivemos. Como salientou Marx (2006), está na essência do capitalismo conduzir as pessoas ao suicídio.