PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE CRIANÇAS ACOMETIDAS POR AFECÇÕES RESPIRATÓRIAS RESIDENTES NO NORDESTE BRASILEIRO
DOI:
https://doi.org/10.55811/integrar/livros/3882Palavras-chave:
Doenças respiratórias, Saúde da Criança, Saúde públicaResumo
Introdução: No Brasil, as doenças respiratórias são uma das causas de maior morbimortalidade de crianças menores de 2 anos de idade, e representa na região nordeste a segunda maior causa de mortalidade. Métodos: Para analisar o perfil epidemiológico das crianças acometidas por afecções respiratórias durante o seu primeiro ano de vida, realizou-se um estudo longitudinal de caráter quali-quantitativo. As informações epidemiológicas foram coletadas por meio de entrevistas. Resultados: A amostra foi composta por 81 crianças. A incidência das afecções no 1º mês de vida foi de 44,4%, aumentando no 4º mês para 67,9%. No 8º mês a incidência reduziu (44,4%), no entanto, no 12º mês observou-se um novo aumento, sendo identificadas 47 crianças com afecção (58,0%). Os fatores de risco que mostraram associação com as afecções respiratórias foram: idade materna (p=0,006), grau de escolaridade (p=0,045), renda familiar (p=0,038), tipo de parede da casa (p=0,005), compartilhamento de quarto com à criança (p=0,018), quantidade de irmãos (p=0,048), presença de animal de estimação (p=0,037), presença de árvores na rua (p=0,005), árvores em frente à residência (p=0,000), número de consultas no pré-natal (p=0,037), interrupção da amamentação no 4º mês de vida da criança (p=0,034), uso de suporte de oxigênio (p=0,046), internação logo após o nascimento (p=0,033) e histórico de alergia respiratória materna (p=0,030). Conclusão: Os achados obtidos neste estudo podem contribuir para o planejamento de ações e intervenções a fim de prevenir afecções respiratórias em crianças e melhorar a qualidade de vida delas, reduzindo também os custos para à saúde pública.