RACISMO INSTITUCIONAL E SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE: ESTUDO DE REVISÃO

Resumo

INTRODUÇÃO: Sabe-se da importância de se fazer valer o princípio da equidade para que todos tenham acesso igualitário às ações e os serviços no âmbito do Sistema Único de Saúde. Para tanto, faz-se necessário considerar, entre as diferentes formas de produção de desigualdades sociais, o aspecto concernente à raça, visto que o Brasil é marcado historicamente por uma estrutura racista, que está diretamente relacionada a essas desigualdades. Tais desigualdades comparecem na saúde pública e coletiva como fato marcante, especialmente se analisarmos por um prisma interseccional, já que grande parte da população pobre é negra. OBJETIVO: Nesse sentido, este trabalho tem como objetivo apresentar resultados oriundos de um estudo de revisão, a qual buscou investigar a produção científica em torno do racismo institucional no contexto do sistema único de saúde. MÉTODOS: Para tanto, utilizou-se a revisão integrativa de literatura usando o cruzamento seguintes descritores: “racismo” AND “Sistema Único de Saúde”. A busca foi realizada nas bases de dados SciELO e Lilacs (BVS salud). RESULTADOS: Das duas bases de dados utilizadas no estudo, foram encontrados somente 21 resultados, dos quais somente 2 atenderam aos critérios de inclusão. CONCLUSÃO: Concluiu-se que ainda são escassos os trabalhos que abordam a relação entre o racismo institucional e o sistema único de saúde, evidenciando a necessidade de estudos que abordem a questão do racismo institucional de forma direta e não apenas entre os fatores concernentes à classe social, que muitas vezes invisibilizam o tema contribuindo para o mito da igualdade racia