USO DA PELE DE TILÁPIA LIOFILIZADA NO REPARO DE LESÃO EM PÁLPEBRA DE CÃO ASSOCIADO A CERATOPLASTIA COM MATRIZ DÉRMICA ACELULAR DE PELE DE TILÁPIA
DOI:
https://doi.org/10.51161/conais2023/22261Palavras-chave:
pele de tilápi, enxerto, pálpebra, córneaResumo
INTRODUÇÃO: A úlcera de córnea é uma das doenças oculares de maior prevalência na rotina clínica de Oftalmologia Veterinária em cães, levando os animais, frequentemente, à perda da visão. Em casos mais graves é urgente o reparo cirúrgico em úlceras profundas e para isso são necessários enxertos com propriedades cicatrizantes. Este relato descreve a aplicação conjunta da pele de tilápia de duas formas em tecidos diferentes, em um cão adulto. OBJETIVO: O relato descreve uma intervenção cirúrgica dupla, com o objetivo de reparar, simultaneamente, a pálpebra e a córnea de um cão adulto, macho, SRD, utilizando dois biomateriais: pele de tilápia liofilizada e matriz dérmica acelular de pele de tilápia. MÉTODOS: O animal teve a lesão medida para inserção do enxerto de pele de tilápia e sutura com pontos simples utilizando nylon 3.0 em pontos simples separados. Em seguida, foi realizado o reparo corneano a partir da matriz dérmica acelular de pele de tilápia, um enxerto biotecnológico rico em colágeno. O enxerto foi suturado com fio de náilon 9.0 em pontos simples separados, ficando bem acomodado na córnea, após o debridamento com broca de diamante. A técnica foi associada a um flap de terceira pálpebra para proteger e promover pressão entre o enxerto e a córnea. RESULTADOS: A cicatrização do enxerto de pele de tilápia na pálpebra foi rápida e com forte adesão tecidual, livre de inflamação, infecção e desconforto local. O reparo corneano foi observado durante o pós-operatório com ótimos parâmetros de saúde ocular: ausência de melanose, baixa vascularização, boa lubrificação e manutenção da visão. CONCLUSÃO: Os dados inéditos sugerem que a pele de tilápia pode ser utilizada na Oftalmologia Veterinária em conjunto com cirurgias de reparo tecidual, assim como foi relatada em reparo de queimaduras em humanos. O resultado positivo obtido sinaliza uma nova opção de enxertia para lesões epiteliais em cães, juntamente à ceratoplastias de córnea, o que amplia a possibilidade de aplicação deste biomaterial em outras espécies, inclusive em humanos.
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