MORTALIDADE MATERNA NO CONTEXTO DA COVID-19 EM SANTA CATARINA
DOI:
https://doi.org/10.51161/integrar/rems/3687Palavras-chave:
Mortalidade Materna, COVID-19, Pandemia, Vigilância em SaúdeResumo
Introdução: Óbito materno, uma das mais graves violações dos direitos humanos, é evitável em sua maioria. Em 2020 as evidências não indicavam diferenças significativas entre acometimento por COVID-19 e gravidade da doença em gestantes e puérperas de Santa Catarina, a menos que tivessem condições crônicas. Em 2021 essa percepção mudou, demonstrando desfecho materno desfavorável na presença da SARS-CoV-2 moderada e grave. Objetivo: Analisar os impactos da COVID-19 na mortalidade materna declarada entre 2020 e novembro de 2022 em Santa Catarina. Material e Métodos: Análise descritiva e transversal de dados anonimizados de domínio público dos Sistemas de Informação sobre Mortalidade (SIM), sobre Nascidos Vivos (SINASC) e de Vigilância Epidemiológica da Gripe (SIVEP Gripe), disponibilizados via Tabnet, utilizando o Tabwin e o programa Microsoft Excel. Resultados: No período analisado foram registrados 145 mortes maternas: 31 em 2020, 87 em 2021 e 27 em 2022. Destas, 50 tiveram relação com a COVID-19, sendo 9,7% em 2020, 53% em 2021 e 3,7% em 2022. Dos 46 óbitos de 2021 com menção de COVID-19, 19,6% ocorreu no segundo trimestre de gestação, 10,9% no terceiro e 69,5% no puerpério. A obesidade foi a comorbidade mais frequente (21,74%). Conclusão: Os impactos da pandemia de COVID-19 na mortalidade materna são recentes, evidenciando a vigilância do óbito como relevante estratégia, permitindo identificar a necessidade de qualificação nos registros e a adoção de ações intersetoriais para a tomada de decisão na prevenção dos óbitos evitáveis, com destaque para a eficácia da vacinação.
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